17.8.13
Afago
Estava no ônibus quando
pensei em meu gato, que dorme
roncando, todo torcido.
Às vezes, acordo-o e invento
um bom tanto de despeito
no seu olho que é só felino,
Então, não peço desculpa,
bagunço os pelos dele
bem ali, atrás do ouvido,
Sem nem saber, ele dorme
mais feliz que antes, soltando
muitos erres e uns lambidos.
Sozinho no banco do ônibus,
com sono, olhava pro azul
que me soprou um afago, retribuindo.
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